Nauta que sulcas este mar imenso,
Da vida em ondas, vagas procelosas,
Mar de espinhos é ele, não de rosas,
Que exala fétido olor e não incenso!
Em meio ao sofrimento atroz, intenso,
Desfazem-se as ilusões mais preciosas,
E pesadelos de Idades, Eras escabrosas,
Atormentam-te e privam-te do senso!
Continua a nadar, firme e esperançoso,
Em demanda de mundos, outros mundos,
De um paraíso qual porto bonançoso!
Enfrentando os abismos mais profundos,
Impávido segue, audaz e e impetuoso,
Inda que te impeçam mil parcéis imundos!