domingo, 25 de fevereiro de 2018

Ignorância

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Existe um mundo inteiro em tua alma
Eis o que te digo e ainda não me crês
Negas argumentando que não vês
A luz foges que te pode trazer calma


Olha o fundo de ti que a dor acalma
E com carinho considera que talvez
Esta alma que tu trazes, noutra vez
Conheceu a imensa dor que espalma


Pela terra imensa em que habitamos.
Abre pois os teus olhos para o além
E desperta para aquilo que sonhamos!


Ignora o homem aquilo que contém
Por isso sofremos e nos martirizamos
De nós mesmos permanecendo aquém...

Encontro


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Eu caminhava
No mundo errante
Muito hesitante
Por não ter luz
E me abalava
Té que adiante
Seguindo avante
Dei com Jesus
Não sofro mais
já vivo em paz!

Confissão -

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Andava eu
Amargurado
Desolado
Em aflição
O fardo meu
muito pesado
E assolado
O coração
A luz não via
Luz não havia!


E tropessando
Eu prosseguia
Assim seguia
Pés sangrando
E tateando
Sem ter guia
Me extinguia
Nesse estado
De pecado


E percebendo
Que a maldade
Que invade
A existência
E recebendo
A iniquidade
E fealdade
Por essência
Me remordia
Dia após dia


Vim a Jesus
Acreditei
E ele dei
O coração
Aos pés da cruz
Já me atirei
E me lancei
Em contrição
Me compreendi
Me arrependi


Viver eu quero
A lei de amor
E sem temor
Do Evangelho
Assim espero
Com destemor
Sem desamor
Até mais velho
Morrer na grei
Do eterno rei!


A caridade
Praticando
Sob o mando
Do Senhor
A verdade
Dedicando
Consagrando
meu fervor
Quero viver
E assim morrer!

O espiritismo

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Quando em meio ao mar
Insano desta nossa geração
Sem tabua a minha disposição
Julguei que ia me afogar


Nada, nada me podia acalmar
Gelava no peito o coração
E sentido as vascas da aflição
Nem mais sabia reclamar!


Sabia sim que me afundava
Em meio a ondas pavorosas
De imenso e insano cataclismo


Naquele tempo aos céus eu suplicava
Enquanto as mãos divinas, operosas
Me conduziam a luz do espiritismo. *


* Prático. Não doutrinal ou Kardecista.

Bem aventuranças

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Se as riquezas terrenas, não te apegas!
Se pureza tens dentro do coração
Se a fome de justiça é o teu pão
Se morres por aquilo que tu pregas


Se confessas o bem e não renegas
Se procuras a paz com devoção
Se chorando enfrentas a desolação
Se a compaixão, homem, te entregas!

Se teu próximo amas em verdade
E buscas servir teu semelhante
Com firme empenho e não te cansas

Dentro de ti reina a serenidade
Foco de luz em Cristo, és fulgurante
Por cumprir suas bem aventuranças!

Sacerdócio

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Busca amar e servir a humanidade
Com empenho, fervor e devoção
Firma neste ideal o pobre coração
E conquistarás a luz na eternidade


Este lema assume com fidelidade
Enobrecendo a humana condição
E sabendo que não há maior missão
Que o culto vivo da fraternidade!


A caridade viva seja teu sustento
A justiça o pão que te alimenta
A bondade teu último alento


Com coragem a borrasca enfrenta
E sempre pronto, vigilante, atento
Viver a Lei do Evangelho, intenta!

Felicidade






Feliz quem trás o amor na alma
A luz, o bem dentro do coração
Pois em toda e qualquer situação
Terá em si fonte de paz e calma


Feliz quem porta da virtude a palma
Bem aventurada é sua condição
Isento de vaidades e ambição
É que o homem serena e se acalma


Feliz quem vive com simplicidade
Valorizando a cada instante
As pequenas coisas desta vida


Feliz quem vive a autenticidade
Respeitando o irmão, o semelhante
Segundo a lei suprema nos convida!

Teu vergel - A Rabindranath Tagore

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Cultiva teu vergel interior, cultiva
Semente boa e nobre semeando
Ao curso da vida breve, cultivando
Alma operosa, heroica, santa, ativa


Quando já fatigado e velho, reativa
as forças e prossegue amanhando
o seio da mãe terra, fecundado
Com esperança e expectativa


Pois quando as lides encerrares
Hás de contemplar o campo interior
Coberto por viva e farta messe!


Quando os olhos teus fechares
Contemplaras o vergel da tua dor
Fecundado pela luz da tua prece!

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Paraísos artificiais

Por sobre um solo coalhado de ruínas
Sombras humanas arrastam se oprimidas
Almas nobres, puras; almas consumidas
Pálidas e humanas sombras peregrinas

Cobertas por andrajos, almas pequeninas
Crônicas, fastos, memórias resumidas
Dramas, cenas, façanhas presumidas
Farrapos, humanas formas reprimidas

Párias numa Sociedade em que a justiça
Cedendo passo a norma do egoísmo
Instaurou o domínio da cobiça!

Sob o jugo insano do individualismo
Movem-se as massas presas da injustiça
No áureo 'paraíso' do capitalismo!

Pater

Claudio amigo, que estas rimas pobres
A vista e ouvidos soaram belas, agradáveis
Inda que bárbaras, incultas, simples, aceitáveis

apenas pelos adornos que são nobres...

Filho sendo de um pai com muitos cobres
Que queria ter filhos competentes, respeitáveis
Treinado fui nos metros, rimas ricas, veneráveis
Que em tais sonetos agora tu descobres.

E se este pai perdi na flor, na flor da juventude
Jamais lhe dando o valor que tanto merecia
Por conta da esmerada e fina educação

Improviso tais versos por conta da virtude
E gentil Grinalda enfim não teceria
Não fosse de meu velho pai, a precaução!

Miragem

O mundo em que vivo não existe
Senão dos missais, nas páginas antigas
A luz destas velas, brilhantes, amigas

Um sonho que move, que vive e resiste

Sonho de beleza que jamais desiste
Fonte de combates, de lides, fadigas
Embalado sempre por ternas cantigas
Ou por responsório patético, triste...

Não tem existência tal mundo de encanto
Cá fora da alma, na vida vivida
Que prosaicamente ainda vivemos

Mas vale a magia do som e do canto
Com que fantasio o fardo da vida
Quando a fantasia é tudo que temos!

O naufrágio

Já não temos círios, lampadários
As velhas cruzes foram derribadas
Nossas consciências foram profanadas

Por atrozes martírios e fadários

Por terras jazem imensos campanários
As relíquias do passado ei-las tombadas
E missais de eras já findadas...
Apagaram-se as luzes dos sacrários

E já não se ouve mais o som
Das melodias doces, maviosas
Que os avoengos nossos embalaram

Neste dias tristes bem outro é o tom
Emurcheceram delicadas rosas
Sonhos e esperanças naufragaram!

Aspiração

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Sob a tutela me ponho de Jesus
Demandando luz, força, paciência
Tende Senhor Jesus clemência
Dos que nas trevas se arrastam, sem luz


Jesus, Jesus, pureza da inoscência
Que a todo bom mortal conduz
Ajuda-me a carregar a rude cruz
Com sobriedade e com decência


Mais doce quero ser e mais gentil
Face a humana e trivial cobiça
Que tudo transtorna neste mundo


Neste vale de dores tão hostil
Faz-me amante do bem e da justiça
Cada vez mais puro, melhor, menos
                                                    Imundo

Nas mãos do Mestre



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Quando seres maus, vis, perniciosos
Fizerem juncar os teus caminhos
Com pedregulhos, farpas e espinhos
Os pés vindo a ferir-te, dolorosos


Quando seres maus, vis e invejosos
Retribuem com coices os carinhos
Quando armam-te laços, e escarninhos
Tornam-se dia após dia numerosos


Quando malbaratarem teus trabalhos
Quando menosprezarem tua lide
Tentando apagar a tua luz


Lembra-te que todos somos falhos
E que esta lembrança te convide
A tudo por nas mãos do Bom Jesus!

Teu caminho...


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Da mística grinalda desfolhando as flores
Cujas pétalas a terra vão forrando
O solo frio de cor se vai juncando
Tapete por que passam pecadores


Passemos pela terra sem rancores
O bem, o bem apenas praticando
Amando com intensidade, amando
A paz te seguirá fiel, por onde fores!


E não bastando tanto ter ganhado
Neste mundo cheio de males e defeitos
Sobre o qual se arrastam os mortais


O Evangelho vivo tendo praticado
Eleito, hás de tu entre os eleitos
Com as estrelas que brilham imortais.

Imanência


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Entre odoríferas nuvens de incenso
Lampadários de ouro e de marfim
Assisto a um culto, eterno, sem fim
Ao Deus do universo, colossal, imenso


E animado por um fervor sincero, intenso
Olhando para dentro de mim mesmo enfim
Encontro o mesmo ser onipresente, sim
Doutrina pura, filha do bom senso!


Com efeito se é Deus sem fim, ilimitado
Estando o universo inteiro dentro dele
Sem que haja lugar que não esteja


Certamente em nós está Deus ubiquado
Tal e qual vivemos, somos, cremos nele
Inda que a vista mortal assim não veja!

Incoerência

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Da diva ciência o sumo sacerdote
Pretende que tudo percebamos
Que o quanto existe nós saibamos
Brindados fomos com tamanho dote!


Há quem tal divisa, simples, não adote
Crendo que por mais que aprendamos
E supondo o quanto enfim ignoramos
Do neo positivista tonto aceite o mote!


Afinal como saber que tudo ouvimos
Como saber que tudo, tudo vemos
Se só sabemos o que percebemos?


De semelhante pretensão nos rimos
Pois se a experiência tudo nós devemos
Não se justifica que o 'além' neguemos!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Além da morte

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Crendo na vida além da vida
Não temo da morte o aguilhão
Não temo do caos o turbilhão
Terei minha existência devolvida


A partida esta ganha e resolvida
Formo com os imortais no batalhão
Não temo da morte o vagalhão

A maldade de mim foi removida

Inda que este corpo se desfaça
No fundo da cova escura e fria
Creio, amo e não me desespero


A vontade dos céus assim se faça
A esperança que tenho não esfria
Na bondade de Jesus firmado, espero!

sábado, 17 de fevereiro de 2018

A lei natural


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Não cumpro a lei externa e positiva
Imposta por douta e jurídica ciência
Se oposta a lei moral da consciência

Da razão a sentença impositiva!

Não osculo a mão da prepotência
Arbitrária, caprichosa, forte e altiva
Mesmo que não haja outra alternativa
Não suplico humana complacência.


Caso o direito se curve a injustiça
Caso o poder se venda e degenere
Caso o legislador ceda a cobiça


Ainda que a malignidade impere
Me prontifico a morrer com a justiça
Pois a justiça o coração não fere!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Os dois caminhos

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A frente dois caminhos, duas vias
Uma estreita, triste e tormentosa
Outra larga, plana, fácil, deleitosa
Tal o roteiro de meus dias...


Senhor Bom Jesus das almadias
Que trilhastes a via dolorosa
Guia-me pela senda tortuosa
Das almas fortes e bravias...


Leva-me pelo caminho da virtude
Pela seara do bem, da caridade
Cujo fim é convívio teu


Sofrer e expiar é a certitude
De cumprir celestial vontade
Aqui carregando o fardo meu

Otimismo

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Quando o sol mergulha no abismo
Das estrelas apaga-se o fulgor
A doçura em travo de amargor
Do dia e da luz, um cataclismo


Não me curvo face ao pessimismo
E em meio a tão inóspito fragor
Excelsa prece me enche de vigor
De encanto, de paz e otimismo


Tendo a fé por luz em meu caminho
Por chama a esperança bonançosa
O amor por guia do celeste ninho


Não temo da treva a noite rigorosa
Sabendo que jamais estou sozinho
Não mão de Cristo mansa e vigorosa!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O retorno

Quando folheio da natureza o livro
Pelo dedo de Deus aqui escrito
Sentindo-me melancólico, proscrito
Da razão tudo passando, pelo crivo

De tais conjecturas não me livro
Tento fugir, divagar, mas adstrito
A tema tão profundo quanto estrito
Nas nuvens os olhos meus eu cravo

E lendo o livro etéreo dos faróis
Que cintilam sobre o firmamento
Bendigo a sorte desta penitência

Outros tantos mundos, tantos sóis
Após o tédio do confinamento
Em meio a dor, a treva a pestilência









Eterna lei

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Toda vez que vejo alguém
Sofrendo sem ter razão
Pousando as vistas além
Pergunto a meu coração
Se a culpa é de ninguém
Por que tal desolação?
E concluo seriamente
Pela reencarnação! 



Por penas que não sabemos
Pagaremos nós então?
Por culpas que nós não vemos
Merecemos correção?
Inda por mais que penemos
Sem dar com motivação
Deduzo serenamente
Pela reencarnação


Afinal por que nascemos
Neste vale de aflição?
Por que nós aqui não temos
Segura consolação?
Por que tanto nos sofremos?
Tal a nossa condição!
Por isso me vem a mente
Lei da reencarnação.


Se noutro mundo de aquém
Nascesses. Situação
Desta que nos advém
Pesarosa amolação
Já não faria desdém
Pela tua objeção
Mas pondero gravemente
Pela reencarnação


Com as lagrimas amassas
Noite e dia amargo pão
Com pedrinhas, não com passas
Eis tua alimentação
Assim tu te descompassas
Segues buscando em vão
Por argumento melhor
Que a reencarnação!


Aceita pois o teu fardo
E não reclames mais não
Retirar da carne o dardo
Não esta em tua mão
Fustigado pelo cardo
Resistas a tentação
De fugir a lei maior
Que é a reencarnação!


E se ja te fatigaram
As minhas rimas em ão
Argumentos te abalaram
Chamando tua atenção
Evidências suscitaram
A tua reflexão
Já não duvides meu filho
Quanto a reencarnação



Domingos Pardal Braz