terça-feira, 9 de setembro de 2025





Tu me perguntas: Se Bom, por que do mal,
Impassível, toleras a pérfida existência...
Forte, por que em meio a frágua deste temporal,
Não exerces logo a tua Onipotência...

Sufocas Senhor a luz da humana consciência,
Onipotente sendo e conservando o mundo como tal
Saturado de males segundo nossa douta experiência,
Sendo Bom, mal me pareces face a dor universal...

Qual segredo em teu recôndito Ser manténs oculto...
Para por completo eliminar o mal e meu grande poder
Enfim manifestar-te, ser finito e pesado.

Na tua natureza ocultei o meu imenso vulto,
Para o mal extinguir me quis aqui perder,
E companheiro, caminhar junto, a teu lado!