domingo, 12 de setembro de 2010

Stavros Nika




Lenho tingido pelo sangue puro
e escarlate do cordeiro inocente
até meu pétreo coração se sente
maculado, sujo e impuro


Ao avistar em leito assim tão duro
Deus agonizante e padecente
Que para nos despertar consente
Sofrer tão ultrajante apuro!


O espírito, a alma se comove
E a amar-te igual me move
a purpúrea tinta do madeiro


Se não fostes meu amor primeiro
Sendo livre me faço prisioneiro
teu e nada, nada me demove!



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