quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Sobrevivência



Resultado de imagem para galardão celestial


Qual um cântaro de barro que se parte
Ou cristalina taça que se fragmenta
Em mil pedaços quando se apresenta
Menos resistente que do adorno a arte

Também um dia a alma evola, parte
Se porventura o corpo não aguenta
Mas o mistério da morte; salienta
Que a consciência é coisa aparte

Pois enquanto o corpo é sepultado
No seio da terra escura e fria
Tendo a putrefação por sorte

A alma tem nos céus o resultado
Da virtude e das obras - alegria
Ventura superna que a conforte.

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