Qual um cântaro de barro que se parte
Ou cristalina taça que se fragmenta
Em mil pedaços quando se apresenta
Menos resistente que do adorno a arte
Também um dia a alma evola, parte
Se porventura o corpo não aguenta
Mas o mistério da morte; salienta
Que a consciência é coisa aparte
Pois enquanto o corpo é sepultado
No seio da terra escura e fria
Tendo a putrefação por sorte
A alma tem nos céus o resultado
Da virtude e das obras - alegria
Ventura superna que a conforte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário