domingo, 29 de março de 2009

Creio na imortalidade dessas almas...










Creio na imortalidade dessas almas

Sofridas, sonhadores e suaves

Que qual bando de garridas aves

Assomam aos céus nas noites calmas


Nada embiocadas, nada graves

Por baixo dos mantos e das talmas

Vão discretamente conquistando palmas

Superando obstaculos e entraves...


Almas que na vulgar simplicidade

Do dia a dia vão se acrisolando

Por exercício do bem, da caridade


Assim silenciosas assomando

Tais almas chegam a eternidade

E mais que as estrelas vão brilhando.





Epifânio de Queiros

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