Creio na imortalidade dessas almas
Sofridas, sonhadores e suaves
Que qual bando de garridas aves
Assomam aos céus nas noites calmas
Nada embiocadas, nada graves
Por baixo dos mantos e das talmas
Vão discretamente conquistando palmas
Superando obstaculos e entraves...
Almas que na vulgar simplicidade
Do dia a dia vão se acrisolando
Por exercício do bem, da caridade
Assim silenciosas assomando
Tais almas chegam a eternidade
E mais que as estrelas vão brilhando.
Epifânio de Queiros
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