quinta-feira, 5 de março de 2009

A glória do bem







Semente humilde e pequenina

Lançada por mão discreta e boa

Parecia dormir no charco, a toa

Sorvendo ao sol os beijos da neblina


Depois cresceu abrindo-se em coroa

Árvore nobre a frondejar divina

Fruto a fazer-se pão que nutre e ensina

Flor que perfuma, tronco que perdoa.


Eis o bem, a obra que semeias

Pelo cipoal das aflições alheis

Que sombra, provação e morte encerra.


Aqui singela dádiva perdida

No lar de além: beleza, luz e vida

Suavizando as lágrimas da terra.

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