Semente humilde e pequenina
Lançada por mão discreta e boa
Parecia dormir no charco, a toa
Sorvendo ao sol os beijos da neblina
Depois cresceu abrindo-se em coroa
Árvore nobre a frondejar divina
Fruto a fazer-se pão que nutre e ensina
Flor que perfuma, tronco que perdoa.
Eis o bem, a obra que semeias
Pelo cipoal das aflições alheis
Que sombra, provação e morte encerra.
Aqui singela dádiva perdida
No lar de além: beleza, luz e vida
Suavizando as lágrimas da terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário