Repara a fonte diligente e boa
escravizada ao solo em que destila
acolhendo a cantar, doce e tranquila
a saliva nodosa que a magoa.
Envolvente e translúcida coroa
que afaga e nutre um coração de argila
passa ajudando ao chão em que se asila
tanto mais pura, quanto mais perdoa.
Como a fonte que olvida toda ofensa
abraça na bondade a luz intensa
que te guarda, no mundo, a alma sincera
E esparzindo perdão por onde fores
encontrarás na cruz de tuas dores
repouso divino que te espera...
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